terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Prazer pela metade...

Boa tarde... estava sem inspiração e atarantada de coisas pra fazer, procurando um documento que simplesmente desapareceu do departamento, qdo volto para o meu micro e encontro o texto abaixo que meu chefe tinha acabado de me mandar... simplesmente encaixou completamente com o que venho sentindo, e vi que queria muito mandar todas as "regras e normas do bem viver" para os quiabos, tô cansada de cuidar de tudo, estou me sentindo constantemente apreensiva e isso não está me deixando feliz... fácil é dizer que a gente conserta depois... mas a bem verdade é que vivemos de meias porções e achamos que é isso apenas que nos cabe... vamos ao texto que desconheço o autor!


Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só. Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.

Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.


Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado' ? deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:

'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK?

Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago!



Beijos no coração!
Namastê!

♫♫♫♫ Nesse instante escutando – Zélia Duncan – Enquanto Durmo! ♫♫♫♫

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Fim




"Começamos a morrer no momento em que nascemos, e o fim é o desfecho do início."
Marcus Manilius

Ontem nos disse Adeus o meu tio avô Bruno Montanari...

Fique em Paz!!!!!!

Beijos no coração!
Namastê!!!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mulheres sem culpa

Oi queridos amigonautas...
 
Como é bom na nossa correria do dia, parar para ler algo e nos deparar com um texto tão gostoso e tão verdadeiro como esse da Martha Medeiros que terão oportunidade de ler em seguida...  não é nada do outro mundo, mas são coisas que muitas vezes não nos atentamos para o que está acontecendo, o que estamos fazendo da vida da gente... enfim... apreciem o texto e tirem suas próprias conclusões!
 
Beijos no coração!!!!
Namastê!!!!!
 
 

Mulheres sem culpa

 
        'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.
        Portanto, sou ocupada, mas não uma  workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
        Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
        Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
        Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
        Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher.
        E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
        É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
        Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
        Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
        A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
        Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
        Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
        Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
        Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
        Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
 
Martha Medeiros
 
♫♫♫♫ Nesse instante escutando – Maria Cecília e Rodolfo – Você de volta! ♫♫♫♫
 
 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Galhos secos...



Certo dia, na semana passada, um forte vendaval varreu nossa
cidade. A poeira rodopiava, galhos tremiam e se sacudiam ao
vento.

Mais tarde, quando apanhava os pedaços de madeira, deixados
em nossa rua pelo temporal, observei com surpresa, que os
galhos que pegava estavam secos e mortos.

Nenhum dos pedaços tinha folhas verdes. Obviamente os
fragmentos caídos não tinham vida e eram inúteis para as
árvores.

Então me recordei das muitas vezes que Deus permitiu que a
minha vida fosse sacudida e golpeada pelas circunstâncias...
as vezes que eu fui desafiado e ameaçado pelos ventos da
adversidade.

Este pensamento me ocorreu: Será que Deus permitiu que eu
fosse agitado e sacudido para lançar fora às coisas inúteis
da minha vida?

Seria possível que, o que parecia ser uma grande perda, era
realmente o modo de Deus lançar fora de minha vida todo galho
seco e imprestável?

Conclusão: Existem bênçãos de Deus que nos chegam, às vezes,
estilhaçando vidraças. Provavelmente porque de outra maneira
EU não conseguiria compreender a dádiva recebida!


A algum tempo tenho sido sacudida e obrigada a lançar fora muitos galhos secos da minha vida, ainda bem que isto aconteceu e tem acontecido, sinto-me mais madura e melhor, cresci e sinto mudar a cada instante, hoje consigo olhar certas coisas por um outro ângulo, uma pena que com essa mudança toda, perdi alguns objetivos, muitas vezes...nem sei mais o que quero... mas sei que vou descobrir...logo.

Beijos no coração!
Namastê!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Doze Conselhos para ter um infarto feliz!!!

1.Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2.Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3.Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4.Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5.Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6.Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7.Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8.Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9.Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10.Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11.Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12.E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis. Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.
Dr. Ernesto Artur – Cardiologista


OS ATAQUES DE CORAÇÃO

Uma nota importante sobre os ataques cardíacos.Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo(direito). Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram. Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro.. NÃO SE DEITE !!!!


Beijos no coração!
Namastê!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Câncer de Mama




Você Sabe Quanto Vale a Sua Vida ?



...
Quer queira ou não, todo início de ano, não passa de uma troca de data no calendário, mas a passagem de um ano para o outro vem sempre carregada de muito simbolismo, que alimenta a crença de que as coisas podem mudar para melhor. O momento anima a estabelecer metas e resoluções para o novo ano que começou. Promessas que, que em muitos casos, ficam apenas no campo das intenções e logo são abandonadas nas primeiras semanas.
Para se olhar o futuro é importante refletir sobre o passado. Entender a razão das derrotas, perdas e os motivos das vitórias. Isto ajuda a escolher as providências necessárias para que o projetos pessoais e meta sejam realizadas.
O Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate e Câncer de Mama, também faz essa reflexão do trabalho realizado, e temos a plena certeza que todo o nosso trabalho realizado já é recompensado quando conseguimos salvar a vida de apenas uma única mulher.
Talvez, você esteja se perguntando nesse momento se isso não é muito pouco.
Mais afinal, quanto vale a vida de uma pessoa?
Fica fácil estimar um suposto valor para a vida de uma pessoa desconhecida. Vamos ser mais realista e estimar um valor para uma pessoa que você conhece melhor do que todos, você mesmo!



Quanto Vale a Sua VIDA ?
Acreditamos que você nunca tenha pensado em responder essa pergunta. Por isso, nós vamos ajudar a você tentar fazer esse estranho cálculo.

IGUALDADE:
Não seria justo comparar pessoas que tiveram boas oportunidades na vida, com pessoas que nem sempre tiveram as mesmas oportunidades.
Por isso, esqueça se você é rico ou pobre, se um profissional bem sucedido ou um desempregado, se é um executivo ou um lixeiro, se nasceu numa mansão ou num casebre, se nasceu na cidade ou na roça.
Enfim esqueça o bens materiais e o que você possa produzir e comprar.



EMOCIONAL:
Agora que supostamente você é igual a todas pessoas e que todas pessoas são também iguais a você, ficará mais fácil avaliar o valor das emoções mais simples e alegres da vida e comum a todos nós:
Quanto vale a alegria do primeiro beijo da sua vida?
Quanto vale o sentimento de paixão do primeiro namorado?
Quanto vale o sentimento de compromisso do noivado?
Quanto vale a alegria de se casar com a pessoa amada?
Quanto vale a sensação de estar grávida formando uma família?
Quanto vale o sentimento de ser mãe e amamentar o seu filho?
Quanto vale a alegria de ver seus filhos crescerem com saúde?

Quanto vale a satisfação de ver seus filhos se casarem?
Quanto vale a alegria de ter e conviver com os netos?
Enfim quanto vale tudo isso, apenas uma vida simples e normal ?



VALOR FINAL:
Se você conseguiu descobrir Quanto Vale a Sua Vida!
Então você saberá quanto Vale a Vida de Uma Mulher Salva!
Aproveite a vida e a viva intensamente sem medo de ser feliz.
Pois, muitas mulheres não tiveram a sorte de usufruir nem 25% da VIDA!

Por isso, o que é pouco para você, é muito para nós!
Colabore com os projetos do Instituto Neo Mama e Viva a VIDA!




O texto acima foi tirado do site http://cancerdemama.com.br/ .... ajudem, entrem nesse site e com um clique colaborem para a Campanha da Mamografia Digital Gratuita, eu entro todos os dias nesse site para colaborar com a campanha, e agradeço muito se você também ajudar nesse projeto.

Beijos no coração!
Namastê

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eu, por mim mesma...



"Viva intensamente cada momento, pois cada dia é um novo começo, uma nova oportunidade de se realizar para ser mais do que era, aprimorando seus conhecimentos em busca de novos ideais"

Olá pessoal, estava com saudade de postar... durante 60 dias de afastamento resolvi realmente não fazer nada no blog, mesmo porque minha máquina de casa está com uns probleminhas no teclado.

Resolvi retomar as postagens desde o dia 13/01, porém, queria antes de qualquer mensagem, descrever para vocês o que passei e como hoje me sinto.

Muitos já sabem da minha história e talvez dos meus sentimentos em relação a tudo, mesmo assim gostaria de compartilhar minha experiência.

Depois de 7 anos e 25 kg a mais, consegui enfim “resolver” o problema renal que tanto me assombrou.

Foram muitas noites em claro e muitos dias que não quis ver ninguém ou sair de casa, me perguntando inúmeras vezes e também indagando a Deus, qual era a provação que eu precisava passar, o que era que eu precisava aprender para ter que agüentar tanto. Sem resposta até hoje.

Busquei tratamentos convencionais e alternativos, o Reiki, autoconhecimento, meditação, desintoxicação, Temascal, cura interior, chás, xaropes, ervas, acupuntura, florais, relaxamento, auto-hemoterapia... simpatias, macumbas (hehe).... ih... tanta coisa... se isso resolveu alguma coisa eu não sei... porque por cerca de 3 anos (dos últimos 3 anos) eu senti dor constante, uma dor sem explicação, crônica, irritante, angustiante, que só passava depois de tomar medicação, a cada dois dias mais ou menos eu consumia cerca de 20 comprimidos.

Alguém tem idéia de como ficava a minha cabeça e de quantas vezes chorei??? Chorei sim, por ir ao médico fazer exames e ter que tomar mais porcaria por estar mais uma vez com infecção renal, mais uma vez com infecção urinária, ou infecção na bexiga...ou ou ou... quantas agulhadas recebi e quantas vezes fui internada... usei catéter duplo J (aquilo é um inferno para pôr e tirar e isso tudo sem anestesia), usei sonda por 3 meses (tendo que ficar de cama todo o período, trocando curativo todos os dias e dormindo só de barriga pra cima), fiz 4 cirurgias (incluindo a última), fiz mais de 20 LECO’s (Litotripsia Extra Corpórea, mais conhecida como Laser), tomei muita Morfina, sofri com anestesia, sofri com cálculo preso no canal, e no final até anemia eu tive.

Foram incontáveis as vezes que acordei a noite ou simplesmente nem dormi por causa da dor. O que eu fazia? Me concentrava e dizia que tudo estava bem para tranqüilizar e equilibrar minha energia... fiz isso muitas vezes, mas em muitos momentos isso foi impossível, aquela dor me consumia as forças... muitas vezes apenas sentava na cama e chorava.

Depois de tantas indas e vindas aos médicos, quase decorei procedimentos
Ainda pior também era ter que explicar dia após dia para todas as pessoas, sempre a mesma história, do porque ainda não tinha resolvido o problema, e quantas vezes as pessoas me olhavam com aquela cara de quem estava pensando que eu não estava buscando a solução. As pessoas não entendiam que para cada tratamento demandava um certo tempo, entre exames, remédios e resultados satisfatórios, e nisso passava-se meses/semanas/anos.

No inicio de 2008, fiz mais uma seção de exames com um Nefrologista, fui encaminhada para a clínica Nuclevel de Cascavel para fazer uma Cintilografia Renal, que usou uma injeção com produtos “radioativos” pra fazer o tal exame, a clínica era toda cheia de avisos caso acontecesse algum problema, como evacuar, quem podia sair e por onde devia sair... confesso que fiquei com muito medo daquilo tudo. Graças nada aconteceu de ruim, recebi o resultado do exame e constatei que meu rim direito só funcionava 14%, ou seja só estava lá pra me incomodar mesmo.

Ia extrair o rim em agosto de 2008, mas tive anemia e tive que tomar mais porcaria por causa disso. Enfim cirurgia marcada para novembro, como de praxe uma semana antes da cirurgia, fui com meu pai ao médico para que o Dr Eduardo pudesse explanar algumas coisas sobre a cirurgia.... depois de um pouco de conversa e explicações, saí de lá chorando e morrendo de medo que algo ruim pudesse acontecer comigo durante a cirurgia, se ela tivesse que ser feita naquele dia, eu tinha desistido... naquele momento não pensei que as tragédias só aconteceria com os outros, elas podiam acontecer comigo também. E eu estava com medo.

Pra completar a saga, uns dias antes da minha cirurgia... ganhei uma dor tremenda no meu nervo ciático, coisa que nunca tinha sentido e nem sabia o que era... pronto sem conseguir andar, sentar, virar o pescoço ou dormir como se deve, lá fui eu pra mais remédios... véspera da minha cirurgia e lá estava eu com dores no ciático e no rim... parece que ele sabia que ia ser retirado, porque me incomodou a noite toda... tomei vários buscopans mas não resolveu, era 5 da manhã e eu quase não tinha dormido, cansei de tentar... me levantei e fui me preparar para estar no hospital as 7hrs (detalhe para quem não sabe... moro do lado do hospital, não leva nem 5 min pra chegar lá)...

As 8hrs do dia 11/11/08 no Hospital Campagnolo aqui em Toledo, com os médicos Eduardo Gomes e Rafael Patino, extrai o rim direito.

A cirurgia e a recuperação foi um sucesso, saí do centro cirúrgico acordada e sem reações adversas nenhumas (bem diferente do que passei nas cirurgias anteriores), durante os 4 dias que fiquei hospitalizada não tive qualquer problema, apenas no terceiro dia no hospital que tirei a sonda e pude levantar, andar, tomar banho e comer... mas tudo estava muito bem... agradeço a minha mãe que foi minha companhia por duas semanas, a todos que mentalizaram, enviaram energias positivas e me colocaram em suas orações.... além de dizer que fiquei muito feliz por receber todas as visitas que tive, tanto no hospital quanto em casa!

Existem momentos que ainda não acredito que tudo aquilo passou... acabou... que estou livre. Passou-se 60 dias e voltei ao trabalho... agora já faz quase 90 dias e estou chegando aos 100%.... e o mais importante, estou realmente muito FELIZ!!!!!!!

Obrigada a todos que de uma forma ou de outra colaboraram para que eu pudesse passar por essa fase da minha vida!

Namastê!
Juliana